Friday, March 30, 2007

Ginger and headaches


Desde que me lembro que sofro de dores de cabeça intensas, mais recentemente, enxaquecas. Recomendaram-me uma "mezinha" caseira que tem aliviado e que recomendo - 1 l. água a ferver 1 colher de sopa de gengibre "fresco" ralado

Eu junto também canela, cravinho, mel ou açúcar amarelo e umas folhas de hortelã. É spicy... estranha-se e depois entranha-se como dizia o Pessoa.

Thursday, March 29, 2007

Penafiel | Paços de Ferreira







O reencontro com o avô, depois de talvez mais de 10 anos, foi o que marcou particularmente este sábado (sou só eu ou ele é a cara do Popey se existisse em carne e osso?).
As magnólias. As inúmeras magnólias e cameleiras gigantes pincelaram a viagem de cor.
Gosto do Norte. Das paisagens. Das construções e da estrutura das coisas. Do cheirinho a história e a estórias. Das pessoas. Sempre abertas, sempre disponíveis, sempre com um sorriso e o rosto rosado.
[a minha foto tonta com a volkswagen é do mano Jónatas. Houve uma concentração de automóveis antigos em Penafiel e tive mesmo que tirar uma com a van dos meus sonhos. Claro que a minha teria umas pinturas malucas e espaço para levar os amigos e a família a conhecer o mundo (?) ]

A vintage treasure!


From a darling lady - Madalena - who doesn't have the space for them anymore. I could hardly believe all this lovelyness as I oppened each box and tin and bag! :)

De uma senhora querida - Madalena - que já não tem espaço para estas preciosidades. Mal pude acreditar ao abrir cada caixa e latinha e saquito! :)
[ more here, here, here and here. ]

Thursday, March 22, 2007

21 Março - dia mundial da poesia

Para os amigos de perto e de longe, de agora e de outros tempos...


AMIGO
"Mal nos conhecemos
inaugurámos a palavra «amigo».
«Amigo» é um sorriso
de boca em boca, um olhar bem limpo,
uma casa, mesmo modesta, que se oferece,
um coração pronto a pulsar
na nossa mão!
«Amigo» (recordam-se, vocês aí,
escrupolosos detritos?)
«Amigo» é o contrário de inimigo!
«Amigo» é o erro corrigido.
Não o erro perseguido, explorado,
é a verdade partilhada, praticada.
«Amigo» é a solidão derrotada!
«Amigo» é uma grande tarefa,
um trabalho sem fim,
um espaço útil, um tempo fértil,
«Amigo» vai ser, é já uma grande festa!"
- Alexandre O'neill

Monday, March 05, 2007

António Lobo Antunes

Já foi há um bocadinho, mas não posso deixar de comentar uma peça que fui assistir ao Dª Maria. Num ambiente intimista e simples, um grupo de actores mostrou o resultado de um workshop de 5 semanas, dedicado a quatro crónicas do Lobo Antunes. O encenador - Aderbal Freire-Filho - é conhecido por transpor literalmente o texto para o palco. Não se perde palavra alguma, o que acaba por exigir um esforço redobrado de interpretação e criatividade. Achei brilhante o resultado e, nitidamente, só poderia ter brotado de um trabalho intenso de brainstorming em grupo.

Para lerem mais (e porque estou com pouco tempo e vontade) vão aqui

famosices...


O meu Tiagão anda a dar em famoso... primeiro a rádio (procurem "Marcos", por Tiago Falcoeiras), depois o jornal, enfim...

Let's dance!


Uma das minhas turmas a jogar ao "dançar e caír"

A F. assim que me viu:
- Gostas do meu penteado, Sara? [tinha dois totós à frente e um atrás]
- Gosto! Está muito giro, sim senhora!
- Fui eu que inventei e a minha mãe fez.
- Foi uma boa ideia! Está mesmo giro!
- Pois, também não podes dizer aos meninos que os penteados deles são feios, pois não?

A F. é de uma perspicácia... sai-se sempre com umas destas que me deixam a rir o resto da aula : )

prof. Zé...

Há pessoas que temos o privilégio de ter, um dia, conhecido. O professor Zé é, sem dúvida, uma delas.
Lembro-me do dia em que nos conhecemos, eu juntamente com mais três companheiros de algumas peripécias. Estávamos no 2º ano do curso, ainda muito "verdes", muito sonhadores e em full-speed. Tratava-se do 1º estágio que iríamos fazer e calhou-nos o professor Zé e a sua turma de 4º ano.
Posso dizer que nunca aprendi tanto em todo o curso como ali, naquela escola de duas salas que se tornou tão familiar. Em grande parte isto deve-se a este homem castiço que nos comoveu com a sua amizade, que nos desafiou com o seu espírito exigente, que demonstrou em cada dia que o centro de qualquer aula devem ser os "gaiatos" e que nos deliciou com o prazer de aprender, descobrindo. Aguçou-nos o sentido crítico, introduziu-nos (directa e indirectamente) às ideologias do Movimento da Escola Moderna e correu riscos ao permitir que nós, pré-professores implementássemos algumas ideias "malucas" como a educação pela arte...
Orientar aquela turma era um exercício de humildade, porque qualquer um de nós tinha perfeita consciência de que não merecia a dádiva de ali estar.
Lembro com saudade as horas de conversa, de avaliação do trabalho e de desafios.
Esta experiência elevou a fasquia... afectou a forma como via o "ser professor" e fez com que todos os contextos de estágio seguintes empobrecessem em comparação com este.
Agradeço-lhe, professor Zé, por tudo e sobretudo pela paixão, dedicação e entrega ao que faz.
Relembrei consigo que, quando se quer remar contra a maré, as dificuldades e obstáculos triplicam, mas o gozo da viagem é também maior e mais intenso.


[alguns, poucos, entenderão o motivo deste post]