o papel é um bom amigo. recebe de bom grado o que nele quisermos depositar - riscos, rabiscos, medos, divagações, sonhos, desilusões. não questiona. não julga. numa era etérea de blogs e mensagens instantâneas, o papel não é obsoleto. continuo a preferi-lo enquanto veículo de expressão íntima. uma forma de purga tão antiga que eu sei lá.
e os planetas que se nos abrem quando nos confiam um pedaço de papel escrito pelo próprio punho? um desenho feito à pressa ou uma ilustração detalhada. uma carta de amor ou a receita daquelas bolachas de aveia. a letra de uma canção favorita. um pensamento fugaz que alguém teve que escrever para não perder. ser destinatário de qualquer destas preciosidades é... mágico. não há espaço imaterial nestes confins de ciberespaço mais-que-partilhado que supere o valor desses actos exclusivos e "secretos".
2 comments:
tens razão. nada como um pedaço de papel "só nosso". precioso!
=)))))
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