Thursday, January 29, 2009

failed connections

Yesterday someone asked me if I wasn't afraid when getting home and oppening the entrance door, since my building is quite large and I don't exactely know any of the neighbours. I said I didn't. Little did that person know that I've been thinking about my neighbours. I've been living here for almost six months and still I feel I'm a stranger to them. I hardly see any of them. Sometimes we share the elevator, exgange polite conversation. On an ocasion a couple of them actually visited our home for a brief moment. But that's it. How do you connect to people whose face isn't carved in your memory yet? How do you reach out? How can you get in touch, especially in a kind of frigid culture? These questions and some others have been dancing in my head for some time now... I remember how easy it was during the 14 years my family and I lived in Lisbon. It was a small building. Everyone knew each other. One of my teachers had an office there. The old ladies asked how we were doing in school and they had us over for a hot cup of milk and cookies when it was raining outside and we had forgotten our keys. They showed us their picture albums. I feel nostalgic just thinking about it. There were connections. People spoke of deep and intimate struggles and joys in their lives.
I believe we are where we are for a reason. In some aspects I'm still trying to figure out what's the reason I'm here for. And you? Are you hapilly connected?

8 comments:

Rute Carla said...

Tenho saudades dessa "vida em conjunta", da partilha. Tinha-a em criança, na minha praceta, onde faziamos muita coisa em juntos e todos acompanhávamos o crescimento uns dos outros, dificuldades e alegrias. Ao casar, também todos nos conhecíamos no prédio apesar da intimidade não ser já igual, mas havia uma ligação. Podias convidar os vizinhos para um lanche em tua casa ou na entrada do prédio... ou... deixar uma pergunta no elevador para todos responderem. (já sabes que uma das vizinhas gosta de cachecóis...ihhh!)
Ai... uma cidade catita como "Stars Hollow" é que era! Vida em comunidade... um sonho???

Rute Carla said...

Gostei da foto. (a roupa já tinha voado? ehehe!)

zarah said...

ai... os "cachecóis"...!!! :D

sonhos... sonhos... sonhos... daqui a pouco estou é a sonhar, mas a roncar ao mesmo tempo que já estou mais para lá do que para cá...

Sue Anne said...

I've lived in my apartment comples for over 8 years, and while there are about 10-15 people I "know" by site and polite laundry room chit-chat, there's only two or three people who I actually know their names. I think it's just the time we're living in.

bitas said...

este teu post fez-me lembrar tantas coisas quando era criança!! tenho saudades desses tempos despreocupados com as brincadeiras :) quando era mais nova passava os dias de verão na rua (durante a outra época tinha que estudar, as idas para a rua brincar eram mais condicionadas!). todos se conheciam, não só no mesmo prédio mas na extensão da rua. havia muitas crianças na minha rua e felizmente soubémos o que é brincar na rua de manhã até à noite. nem havia os perigos que existem hoje! no verão, nós brincávamos até à meia noite, com os nossos pais todos sentados ao fresquinho a conversar na rua... só íamos para casa na altura das refeições e durante a hora de maior calor (era o tempo da sesta que a mim me fazia tanta confusão antes... agora não a dispenso eh eh).
então, evidentemente que era conhecida no prédio... nem que fosse pelo facto de as escadas grandes cá de dentro estarem ocupadas por bonecas, cadernos e livros, tachinhos (óh os tachinhos!!) e umas quantas meninas e meninos a brincar. o barulho até era muito controlado mas havia sempre quem se queixasse... o que mais me fazia confusão era o facto de quem se queixava ser a vizinha do 2º andar e não as do r/c que estavam mesmo ali ao pé.
"este prédio deve ter mel", era o que a vizinha dizia. "a sónia cada vez que desce as escadas faz muito baralho a chinelar"... e eu fazia pior lol sinceramente disso não sinto saudades nem falta!! infelizmente tínhamos vizinhos destes, mas depois há aqueles amorosos, que ficam felizes por verem as crianças serem crianças a brincar, a rir, a sonhar... nos ajudavam quando a viúva do r/c do penúltimo prédio nos atirava com baldes de água para cima ou com pimenta pela janela só de nos sentarmos nas escadas à espera da nossa amiga Vera.
disso tenho saudades... e agora são inexistentes ou raras as crianças que brincam nesta rua... uma rua onde chegámos a ocupar grande parte do passeio com nenucos, barbies, tachinhos, carrinhos, e não deixávamos nenhum carro estacionar, onde brincávamos ao 35 Vitória, ao Mata, à "Mosca", às 5 Pedras, à Apanhada, às Escondidas, ao 1,2,3 Macaquinho do Chinês, ou à Estátua mais bonita... foi bom ser criança! gostava que todas as crianças no mundo soubessem o que isso é... pelo menos tento que o meu sobrinho o saiba... e um dia, os meus filhos! :)
hoje no meu prédio, a vizinha chata já não mora, mas fala-me bem quando me vê (fala-me até bem de mais... alguma culpa!?), os meus amiguinhos já nem estão aqui a morar... e ainda só tento um prédio de 3 andares, muitos dos vizinhos... não os conheço.

by shana .. said...

Pois, os tempos são outros com desafios diferentes de há 20 anos atrás.. também gostava de ter resposta para isso, mas só o facto de colocares a pergunta já é um grande passo para o resto, right? acho que a resposta passa por não nos conformarmos:)
olha, pois eu cá gostava de ter uma vizinha como tu, tão prendada e com tantos cheirinhos a sair da porta ;)
beijokas, see ya saturday

Ana Encarnação said...

Uma outra idéia passa por deixares qualquer coisa na porta de cada um, ou na caixa do correio... uma flor, um cartão em que escrevas uma frase bonita... qualquer pessoa sorri quando se depara com uma destas coisas...:) e um sorriso assim, inesperado, completamente desprendido costuma fazer o dia a alguém! Chamo-lhe o 'Sindrome de Amélie Poulain'.

Eu costumo oferecer passarinhos de origami ás pessoas que me dão boas razões para fazerem parte da minha vida. Em jeito de agradecimento, de troca, de carinho...
É verdade, vivemos numa altura de desconfiança e de reclusão. Mas, tal como disse a pessoa em cima, não te conformes com isso. Cabe a cada um de nós vivermos a nossa vida o melhor que pudermos e fazermos o melhor com o que temos. Temos essa responsabilidade. Somos todos importantes e podemos todos contribuir para que a vida se viva com harmonia. Pelo menos é esse o caminho que eu quero fazer. E sei que tu também...:)

Um grande beijinho

zarah said...

Que bom ler as vossas ideias :)
Algumas também já me tinham cruzado a mente, como a das surpresas na caixa do correio.

Sónita... bem!!! Que testamento! Fizeste-me lembrar também da vivência na minha rua. Também lá tinha bons amigos com quem passar as tardes.

Shana, you're sweet :)

Ana, gostei da expressão "síndrome Amélie Poulin"! Hum... agora tenho que rever o filme. Ainda há poucos dias pus um video do filme num outro blog meu sobre música :)

Estive a fazer contas - são cerca de 40 famílias que moram aqui. Se começar pelo meu andar (somos 4 por andar) já é alguma coisa, não é? Ui, a cabeça a fervilhar...