Deixo aqui algumas das minhas razões para amanhã votar "não". Devo dizer que argumentos como "a vida não se resume a um conceito biológico" e que ali não há vida, não me satisfazem. É atirar areia para os olhos e lavar as mãos da culpa... Há vida. A vida é (também) um processo. A fase embrionária é uma fase da vida, não é não-vida, não-existência. Também, dizer que nada foi feito depois do "não" de 1998 é uma falácia... que dizer de instituições de apoio como a "Ajuda de Berço", a "Ajuda Cristã à Juventude", "Ajuda de Mãe" e tantas outras?
Posto isto, aqui vão:
- considero que há questões prioritárias… este país tem a mania de "pôr a carroça à frente dos bois" e não é excepção neste caso. Antes de surgir esta questão, deveria investir-se em planeamento familiar cuidado, formação e informação, uma estrutura sólida de apoio às mulheres com gravidezes "indesejadas", um sistema de adoção mais eficaz… tanta coisa que deve vir antes desta opção.
- acredito no amor altruísta e o aborto é uma morte do amor altruísta…
- está provado que um aborto é uma experiência que nunca se esquece. As mazelas físicas e sobretudo psicológicas e emocionais são imensas e acompanham a mulher até ao fim da vida, tanto em casos de aborto clandestino como de aborto legal.
- as técnicas de aborto são cruéis e primitivas e provocam também sofrimento ao bebé. E não me digam que os processos legais não envolvem riscos...
- querem fechar maternidades, no entanto, estão dispostos a investir em clínicas abortivas (esta mentalidade “ao contrário” faz-me confusão…)
- há opções mais conscientes e mais humanas do que o aborto
- naveguem por aqui, por uma decisão informada - www.sobreoaborto.info/ Quando disserem que sim, não estão só a defender as mulheres de serem julgadas, estão a dizer sim a tudo isto.
2 comments:
Obrigada pelo Não (e pelo Sim às duas vidas -- mãe e filho).
Gostei do post. curiosamente são algumas das razões que mais mexeram comigo neste referendo (por exemplo a de fecharem maternidades).
Temos agora que esperar e ajudar a que o resto que ainda pode ser feito (apoio à mãe grávida, planeamento familiar, tempo de reflexão exigido antes do aborto) seja-o de facto.
ah, e... gosto muito das tuas costuras :)
«A fase embrionária é uma fase da vida, não é não-vida, não-existência». E pergunto eu: quando há violação, deficiência do feto ou perigo para a saúde da mãe? Deixa de existir vida? Fui, sou e serei pelo Sim. Não pelo Aborto, mas pela liberdade de escolha.
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